Acompanhando a evolução da seleção brasileira nessa Copa, podemos observar um grande crescimento que a equipe demonstrou em seu último jogo. Uma equipe mais coesa, jogadas ensaiadas e mais elaboradas e o domínio do jogo, foi o que marcou o primeiro tempo da partida contra a Holanda.
Com o primeiro gol do adversário, foi notório o descontrole emocional em toda a equipe, que acabou dando todo poder ao adversário. O time se desestruturou em campo e naturalmente acabou perdendo seu propósito: passar para próxima fase da Copa.
Refletindo sobre a atuação de nossa seleção podemos perceber que agimos da mesma forma em nossas vidas.
Quantas situações experimentamos em nossas vidas nas quais saímos derrotados por perdermos o controle emocional? Quantas situações nós perdemos o poder ao entregá-lo ao adversário?
Assim como a nossa seleção que atuou no primeiro tempo com todo seu poder, no segundo tempo nos mostrou como podemos perder todo esse poder.
Essa foi a grande lição que a nossa seleção deixou nesta Copa. Uma lição não apenas para nós brasileiros, mas para todo o mundo.
A lição de que o verdadeiro poder reside dentro de cada um de nós. Mas qual é esse verdadeiro poder, seja de uma equipe, seja de cada um de nós? A nossa paz interior.
De nada vale tanto esforço em estudar, treinar, se perdermos nosso controle emocional, nossa paz interior diante de qualquer desafio em nossa vida. Seja numa reunião, num teste, numa entrevista, num jogo, enfim, em qualquer situação. Colocamos tudo a perder quando damos poder para as situações.
Não existem culpados nem perdedores, mas existem lições e aprendizados.
Naturalmente somos especialistas em críticas e julgamentos e sempre procuramos culpar alguém por nossos insucessos. Nesse processo, frequentemente, deixamos de enxergar que temos perdido muitas oportunidades de nos tornarmos bons profissionais, bons cidadãos e naturalmente bons seres humanos, por tentar achar as justificativas fora de nós. Sendo que elas estão dentro de nós.
Deveríamos começar a entender que não existem fracassos em nossas vidas, mas "feedbacks" de que algo estamos fazendo errado. E a partir da percepção das derrotas ou dificuldades como "feedbacks" poderemos fazer novas escolhas amanhã.
Que todos nós, seres humanos, possamos aprender com nossos erros e possamos enxergar uma nova oportunidade de fazer melhor amanhã por nós mesmos, pelas pessoas e pelo nosso planeta.
Texto do terapeuta e consultor Marcos Adriano Infantozzi - pandava00@gmail.comtambém colunista do site de Ana Maria Braga
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